A conceituada revista britânica
GamesTM trouxe em sua mais recente edição uma interessante entrevista com três desenvolvedores de alguns dos estúdios de games mais notáveis da atualidade para saber como estão suas expectativas em relação ao novo console da Nintendo, o
Nintendo Switch, a poucos dias da aguardada
Nintendo Switch Presentation. Os entrevistados Graham Smith, co-fundador da Drinkbox Studios, Chris Kingsley, co-fundador da Rebellion Developments, e Mel Kirk, vice-presidente de publicidade da Zen Studios, falaram sobre assuntos importantes como o poder do console, a facilidade de se criar games para ele, e também sobre o que os deixou mais empolgados em relação ao que já foi anunciado sobre a plataforma. Leia as declarações feitas por eles logo abaixo.
Sobre o poder do Nintendo Switch
Mel Kirk: No momento, o Nintendo Switch não parece ter o poder ou a tecnologia que leva os consoles a novas alturas. Ao invés disso, a Nintendo está posicionando o aparelho como um console doméstico que pode se levar na viagem, provendo uma experiência de game que pode continuar de forma ininterrupta. Embora a tecnologia para fazer isso já esteja prontamente disponível, a Nintendo tem uma maneira de atiçar sua base de fãs fiéis de longa data com uma empolgante biblioteca first-party, que deve fazer a tecnologia ser adotada popularmente. Adicione a isso um apoio revigorante de third-parties para puxar os limites da tecnologia e o poder bruto de processamento provavelmente não faz diferença.
Chris Kingsley: É natural para desenvolvedores focar em mais poder para os consoles, mas nunca pareceu ser a prioridade da Nintendo. Para mim, o argumento sobre poder está em conseguir uma paridade próxima aos outros consoles que facilite a criação dos seus games para múltiplas plataformas. Quando há uma grande diferença de poder é uma tarefa mais dura e a equação do risco-recompensa oscila. O Switch é definitivamente mais poderoso, especialmente para quem está acostumado com plataformas mobile, mas talvez não poderoso o suficiente para alguns - especialmente quem está acostumado com o desenvolvimento de títulos AAA. Nos dias de hoje, há realmente uma grande diversidade de tipos de game, então há mais oportunidade para todos os desenvolvedores.
Sobre a estrutura gráfica NVidia facilitar o desenvolvimento para Switch
Chris Kingsley: Se o desenvolvimento for similar a outros padrões "tradicionais" de trabalho, isso vai fazer a vida mais fácil para desenvolvedores em geral, então podemos gastar mais tempo fazendo grandes games e menos tempo fazendo os games funcionarem.
Graham Smith: Não estou familiarizado com a tecnologia usada no Switch, mas o desenvolvimento para Wii U definitivamente não era difícil, pela nossa experiência. A Nintendo está no negócio de consoles há muito tempo a esta altura, e eu ficaria muito surpreso se eles fizessem qualquer coisa que tornasse o desenvolvimento para o Switch mais difícil do que em seus consoles anteriores.
Mel Kirk: Muitos desenvolvedores tiveram experiência trabalhando com a tecnologia NVidia em algum momento. Suas ferramentas e tecnologias são realmente fáceis de se integrar, então sim, eu acho que isso faz a plataforma Switch mais fácil senão melhor para se desenvolver do que o Wii U.
Elementos mais empolgantes do Switch até o momento
Chris Kingsley: Gosto da flexibilidade dos controles. Resumindo, eles trazem novas oportunidades e, é claro, novos desafios.
Graham Smith: Do que foi revelado até o momento, a portabilidade do console foi o que me deixou mais empolgado. Eu viajo muito, e amo a ideia do que a Nintendo está oferecendo com o Switch. Consigo me imaginar explorando os calabouços de Zelda na minha tenda tarde da noite enquanto acampo, ou jogando Super Smash Bros. contra o meu vizinho durante o voo para a GDC.
Mel Kirk: Para mim, é poder jogar um game Mario ou Zelda com qualidade de console e levá-lo comigo quando tiver de sair de casa.