Para a mídia, a união das palavras "filme" e "Super Mario Bros." é sinônimo de fiasco. Um fato consumado é o de que a adaptação cinematográfica das aventuras dos Irmãos Mario teve de encarar vários tipos de empecilhos, desde evidentes deformidades na direção até a constante modelação e consequente imbecilização do roteiro. Porém, o longa-metragem, ainda que avaliado em 3.8 de 10 por mais de 25 mil usuários do IMDb, é claramente julgado de forma injusta pela maioria dos críticos. Embora seja ligeiramente distinta de sua fonte, estamos falando da primeira adaptação hollywoodiana de uma franquia de video games e um dos ícones da cultura cyberpunk mais clássicos de todos os tempos. Numa tentativa de provar que Super Mario Bros., o filme, é um objeto bem melhor do que sua reputação atual, reunimos cinco bons motivos para que você não troque de canal quando o vir durante a Sessão da Tarde e nem participe de petições para enterrar suas cópias de DVD e VHS num deserto mexicano junto com os cartuchos de E.T. - The Extraterrestrian...
Apesar de chegar ao ponto de ter sido reescrito numa base diária em determinados períodos da produção, o roteiro final, que apresentou mudanças drásticas quando comparado com sua primeira versão — uma jornada mágica e colorida no Reino do Cogumelo, no melhor estilo O Mágico de Oz —, não foi completamente ruim. O abuso da liberdade criativa sobre algo que deveria ser a base de influência — e não somente uma inspiração descompromissada — para tudo no que estavam trabalhando é vencido pela estrutura do script, totalmente funcional dentro dos três atos intencionados. Uma coleção de diálogos memoráveis, um punhado de piadas hilariantes ao léu e frases de efeito inesquecíveis são alguns dos fatores que mais fazem o filme valer a pena.
Por dar um novo tom ao que se tinha por natural nos jogos do baixinho bigodudo, o filme Super Mario Bros. não é o melhor representante de uma adaptação de video game no cinema, mas uma coisa é certa: ele foi o primeiro. Após atingir as telonas em maio de 1993, deu origem a uma reação em cadeia quase periódica de adaptações de games começando por Double Dragon (1994), Street Fighter (1994), Mortal Kombat (1995), Mortal Kombat: Annihilation (1997) e até mesmo Wing Commander (1999). A arte de adaptar encorpou com Lara Croft: Tomb Raider (2001) e Resident Evil (2002). Porém, até mesmo sem essa associação, o longa tornou-se um marco cultural que fluentemente cumpriu sua função de entreter e divertir.
Os cenários de Super Mario Bros. foram todos produzidos e finalizados de forma física em locações gigantescas, com muito esmero e, sim, dedicação aos fãs. Não eram somente becos parcamente customizados, e sim, paisagens panorâmicas repletas de citações a Bullet Bills, Thwomps, Hammer Bros., Boom Booms, Wigglers e até mesmo Snifits em placas de neon e figurantes característicos. Há de se dizer que tal forma de dedicação manual não existe hoje em dia. Bob Hoskins e a impecável constelação da sétima arte que compunha o elenco (ver abaixo) deveriam se orgulhar por terem pisado em paragens tão fantásticas ao invés de terem que se esforçar para replicar aspectos como dimensão e profundidade ambiente dentro de uma salinha verde de CGI.
Apesar de, em retrospecto, não ter curtido muito suas experiências perante uma força administrativa de diretores de competência contestável, Bob Hoskins, astro de Uma Cilada para Roger Rabbit (1988), Cão de Briga (2005) e Branca de Neve e o Caçador (2012), parecia fantástico no papel de um encanador ítalo-americano residente do Brooklyn. Sua química com John Leguizamo — O Peste (1997), Onde Mora a Esperança (2007), Era do Gelo (voz do Sid) — foi realmente fraternal. A belíssima, preenchedora de sonhos da infância Samantha Mathis — Psicopata Americano (2000), O Justiceiro (2004) — e o eternamente premiado Dennis Hopper — Apocalypse Now (1978), Veludo Azul (1986), Sem Destino (1969) — só adicionam mais e mais talento ao fortíssimo elenco de Super Mario Bros.
No início dos anos '90, as probabilidades de um mundo alucinante de plantas carnívoras, canos e cogumelos se metamorfosear em um filme live-action completo de 104 minutos de duração eram muito escassas. Por se tratar de uma série de games de plataforma que vai sempre direto ao ponto — a jogabilidade — sem fazer muitos rodeios, só era possível entender sobre o que acontecia nos jogos com a ajuda de publicações. O filme Super Mario Bros. obteve grande êxito em extrair os elementos mais evidentes e representativos da franquia de games e os reorganizar de forma sagaz e convincente o bastante para um público aberto. Passa longe de ser um completo insulto aos fãs — Dragon Ball Evolution, alguém? — e, pelo contrário, apresenta uma realidade paralela da franquia que, acima de tudo, diverte. Com estes pontos em mente, torna-se ainda mais claro o agravo no julgamento crítico de Super Mario Bros. O problema é que, para percebê-lo, é preciso estar disposto a confiar nos fungos.
5. A estrutura do roteiro
Apesar de chegar ao ponto de ter sido reescrito numa base diária em determinados períodos da produção, o roteiro final, que apresentou mudanças drásticas quando comparado com sua primeira versão — uma jornada mágica e colorida no Reino do Cogumelo, no melhor estilo O Mágico de Oz —, não foi completamente ruim. O abuso da liberdade criativa sobre algo que deveria ser a base de influência — e não somente uma inspiração descompromissada — para tudo no que estavam trabalhando é vencido pela estrutura do script, totalmente funcional dentro dos três atos intencionados. Uma coleção de diálogos memoráveis, um punhado de piadas hilariantes ao léu e frases de efeito inesquecíveis são alguns dos fatores que mais fazem o filme valer a pena.
4. Pioneiro na arte de adaptar
Por dar um novo tom ao que se tinha por natural nos jogos do baixinho bigodudo, o filme Super Mario Bros. não é o melhor representante de uma adaptação de video game no cinema, mas uma coisa é certa: ele foi o primeiro. Após atingir as telonas em maio de 1993, deu origem a uma reação em cadeia quase periódica de adaptações de games começando por Double Dragon (1994), Street Fighter (1994), Mortal Kombat (1995), Mortal Kombat: Annihilation (1997) e até mesmo Wing Commander (1999). A arte de adaptar encorpou com Lara Croft: Tomb Raider (2001) e Resident Evil (2002). Porém, até mesmo sem essa associação, o longa tornou-se um marco cultural que fluentemente cumpriu sua função de entreter e divertir.
3. Cenários panorâmicos
Os cenários de Super Mario Bros. foram todos produzidos e finalizados de forma física em locações gigantescas, com muito esmero e, sim, dedicação aos fãs. Não eram somente becos parcamente customizados, e sim, paisagens panorâmicas repletas de citações a Bullet Bills, Thwomps, Hammer Bros., Boom Booms, Wigglers e até mesmo Snifits em placas de neon e figurantes característicos. Há de se dizer que tal forma de dedicação manual não existe hoje em dia. Bob Hoskins e a impecável constelação da sétima arte que compunha o elenco (ver abaixo) deveriam se orgulhar por terem pisado em paragens tão fantásticas ao invés de terem que se esforçar para replicar aspectos como dimensão e profundidade ambiente dentro de uma salinha verde de CGI.
2. Um elenco estelar
Apesar de, em retrospecto, não ter curtido muito suas experiências perante uma força administrativa de diretores de competência contestável, Bob Hoskins, astro de Uma Cilada para Roger Rabbit (1988), Cão de Briga (2005) e Branca de Neve e o Caçador (2012), parecia fantástico no papel de um encanador ítalo-americano residente do Brooklyn. Sua química com John Leguizamo — O Peste (1997), Onde Mora a Esperança (2007), Era do Gelo (voz do Sid) — foi realmente fraternal. A belíssima, preenchedora de sonhos da infância Samantha Mathis — Psicopata Americano (2000), O Justiceiro (2004) — e o eternamente premiado Dennis Hopper — Apocalypse Now (1978), Veludo Azul (1986), Sem Destino (1969) — só adicionam mais e mais talento ao fortíssimo elenco de Super Mario Bros.
1. É uma respeitosa homenagem
No início dos anos '90, as probabilidades de um mundo alucinante de plantas carnívoras, canos e cogumelos se metamorfosear em um filme live-action completo de 104 minutos de duração eram muito escassas. Por se tratar de uma série de games de plataforma que vai sempre direto ao ponto — a jogabilidade — sem fazer muitos rodeios, só era possível entender sobre o que acontecia nos jogos com a ajuda de publicações. O filme Super Mario Bros. obteve grande êxito em extrair os elementos mais evidentes e representativos da franquia de games e os reorganizar de forma sagaz e convincente o bastante para um público aberto. Passa longe de ser um completo insulto aos fãs — Dragon Ball Evolution, alguém? — e, pelo contrário, apresenta uma realidade paralela da franquia que, acima de tudo, diverte. Com estes pontos em mente, torna-se ainda mais claro o agravo no julgamento crítico de Super Mario Bros. O problema é que, para percebê-lo, é preciso estar disposto a confiar nos fungos.
Algumas imagens pertencem ao Super Mario Bros. Movie Archive. Visite!
ainda não gosto desse filme... jardim,lembre-se que os diretores do filme nunca tinham ouvido falar do jogo.se eles conhececem,talves fosse melhor... outra coisa, como disse richard edinson, os diretores do filme estavam mais interressados no visual do que no roteiro
ResponderExcluirEles alegadamente não sabiam nada sobre os jogos, mas com certeza haviam pessoas na equipe de cenarização que tinha conhecimento mariopédico, por assim dizer. Dá só uma olhada em todas estas referências, e você poderá concordar comigo. Quanto à história, realmente, não ficou explícito nenhum elogio por parte da equipe além do reconhecimento de que sua estrutura ficou otimamente distribuída dentro da divisão de três atos — sem falar que, história vai, história vem, os diálogos continuam sendo hilários.
ResponderExcluirseus argumentos são bons,jardim,mas eu prefiro os animês do mario e os desenhos da dic.dão mais fidelidade aos jogos...
ResponderExcluirDe fato, os cenários são memoráveis. Apesar de que não curti o tom escuro que foi dado a eles.
ResponderExcluirNão vamos nos enganar de que teve algo de bom nesse filme, no mínimo pode-se dizer que das adaptações ele "não fede e não cheira" já que ganha em muito de desse Dragon Ball do Street Fighter e do Tomb Raider.