Ao lado de Mario Party 9, Fortune Street é um dos recentes games de tabuleiro do encanador bigodudo e sua turma. Trata-se da sequência original — até onde podemos dizer que party games possuem sequências mais significativas do que os números em seus nomes — de Itadaki Street DS. Se você nunca ouviu falar da série Itadaki Street, não se preocupe: isso não tira de você o respeito gamer: a série, que já é velha no Oriente e não é mais novidade para nenhum jogador de jogos japoneses, jamais saiu da Terra do Sol Nascente.
Fortune Street, assim como toda a série Itadaki, é produto da altamente conceituada desenvolvedora Square Enix, que já está na boca do entretenimento interativo como sinônimo de games de boa qualidade. O game faz jus ao nome, tendo sorte o suficiente para ser o primeiro Itadaki Street a ser lançado no mundo todo. Será que valeu a pena? Você confere o resultado em mais uma Análise Real do Reino do Cogumelo.
Assim como o obscuro Undake 30 - Same Game para Super NES, Fortune Street é um jogo do Mario sem ter o nome do Mario. Também conhecido na Europa e na Austrália como Boom Street (quê?), o jogo prometia à mídia um crossover entre as franquias Mario e Dragon Quest — série que também já é burro velho no Japão — que seguiria o mesmo estilo de seus antecessores: um jogo virtual de Banco Imobiliário, ou Monopoly, dependendo de seu ponto de vista. Em suma, quatro jogadores rolam dados e percorrem pelos quadrados de um tabuleiro para comprar lojas, ganhar promoções, acumular bens e o capital necessário para ficar mais rico que seus concorrentes e arruinar suas vidas financeiras.
Roteiro? Fortune Street não precisa dessa extravagância! Reunir seus amigos na sala para jogar Banco Imobiliário é a chave para uma diversão nua e crua e para seu sucesso comercial. É praticamente igual a jogar Monopoly com seus primos quando você era mais jovem. A diferença são os tabuleiros de outro mundo, os cálculos precisos do capital de suas lojas — também conhecidos como o "método que impede que seus primos roubem de você" —, os bônus especiais, as princesas, os encanadores e, é claro... o ornitorrinco.
Todos os jogadores começam o game com um capital inicial. Cada loja possui um preço e um rendimento de capital, e todos possuem a opção de adquirir ou não adquirir tais lojas e estabelecimentos. Além dos espaços das lojas, o jogador pode cair em quadrados que envolvem atributos especiais, que vão desde o fechamento de todas as lojas do jogador durante a próxima rodada até os painéis de "sorte" (Venture) que só têm a favorecer o felizardo. Se um jogador cair em uma das lojas de sua própria aquisição, terá a opção de investir seu dinheiro para duplicar seu valor de rendimento — o que fará com que seus colegas infortunados tenham de lhe dar uma quantia maior de dinheiro caso pararem em sua loja.
Os personagens de Fortune Street possuem um sistema de level-up definido no game como "promoção" (Promotion). A base das promoções é a coleta de naipes de cartas (conhecidos no exterior como suits) espalhados por diferentes pontos do tabuleiro. Quando um jogador tiver coletado os quatro naipes — espadas, paus, ouros e copas — e passar em frente ao banco, ganhará uma promoção! Ao ser promovido, o jogador ganhará seu salário e um bônus comercial baseado no número de estabelecimentos que estiverem em sua posse. Obviamente, quem for mais promovido, terá uma chance a mais de deixar seus concorrentes no chinelo.
Aqui, você passa a entender o nome do jogo: se você comprar uma loja imediatamente ao lado de outra loja que já for de sua aquisição, seus valores comerciais dobrarão. O sistema, gradativo, é relativo ao número de lojas que você formar numa só "rua". Uma das maiores formas de enriquecer é criar uma rua inteira, equivalente a uma série de quadrados consecutivos, com as suas lojas. Em um ponto mais avançado do game, não é estranho ver ruas completas com estabelecimentos pertencentes a um só personagem e que, pelo valor do combo, podem quebrar as pernas — e esvaziar os bolsos — de quem tiver o infortúnio de pisar nelas. Talvez o jogo devesse se chamar Misfortune Street?
Não é a primeira vez que as princesas de Mario e Dragon Quest se reúnem em um game. Isso já foi feito em Itadaki Street DS, muito embora o jogo jamais tenha conquistado terreno ocidental. Todos os personagens do Banco Imobiliário maluco para Nintendo DS retornam em Fortune Street com um design ainda mais aprazível. O número ainda aumenta com a adição de Diddy Kong, Bowser Jr., Stella e Patty. Tudo isso sem contar a possibilidade de usar e personalizar Miis para dar seus pulinhos no tabuleiro com uma versão animada de si mesmo. No modo single player, inclusive, os Miis são obrigatórios. Você só ganha acesso aos personagens de Mario e Dragon Quest se estiver em jornada multiplayer. Com isso em mente, não é difícil descobrir a verdadeira intenção dos desenvolvedores: uma jogatina com personagens incríveis e superpoderosos entre amigos e familiares na sala de estar... ou um Mii forever alone.
Fica a pergunta: será que Slimes, macacos e ornitorrincos entendem alguma coisa sobre investimento, capital e promoções? Parece estranho, mas pode apostar que sim. Confira uma síntese de quais personagens jogáveis estão presentes em Fortune Street:
Como pode ver, este é um dos primeiros e únicos games a caracterizar a Princesa Peach como um personagem desbloqueável. Portanto, se você é fã da nossa linda alteza dos cogumelos, terá de ficar atento ao próximo Dica RdC para saber como destravá-la. Quando se joga multiplayer contra a CPU, tome cuidado com quem você escolhe: cada um deles possui um nível de dificuldade definido pelo ranking S, A, B, C e D.
Tão importantes para uma jogabilidade estável, há 18 tabuleiros sobre os quais lançar os dados para percorrer em busca da sorte grande. A princípio, a lista se resume a 12 pranchetas temáticas — 6 do universo do encanador bigodudo e 6 do universo do príncipe loirinho que acha os canos do Mario "repugnantes". Os tabuleiros variam entre Mario Stadium, Starship Mario (provavelmente a primeira homenagem a Super Mario Galaxy 2 em jogos posteriores), Delfino Plaza, entre outros. Somado a estes, estão 6 tabuleiros secretos — 3 para cada franquia —, como Bowser's Castle, Good Egg Galaxy (de Super Mario Galaxy) e o incrível World 1-1, de Super Mario Bros.
Nem só de rolar dados vivem os jogadores de Fortune Street. Com certeza não é lá um Mario Party, mas a Rua da Fortuna conta com quatro minigames para apimentar a ação principal.
Já ouviu dizer que o tempo voa quando estamos nos divertindo? Fortune Street é a essência disso. Quando não se está acostumado com Monopoly, é fácil dizer que Fortune Street possui partidas excessivamente longas — principalmente para um video game. O que é verdade: uma rodada completa do game num só tabuleiro pode durar horas. Asseguramos, no entanto, que há chances desse tempo todo ser muito bem gasto: ao contrário de tudo o que pensaríamos que fosse e de toda a má-fé que dávamos ao jogo devido à seu escasso impacto inicial e apresentação, acabamos caindo num bom método de se divertir com os amigos e parentes.
Também tenho confiança em dizer que a trilha sonora do jogo é simplesmente de outro mundo, e uma das melhores coleções de músicas que eu já tive o prazer de ouvir em um game do Mario; é demasiadamente nostálgica e, ao mesmo tempo, integralmente inovadora. Mesmo parecendo estranho, você pode ter a sorte, ou o azar, de querer jogar Fortune Street de novo.
Fortune Street, assim como toda a série Itadaki, é produto da altamente conceituada desenvolvedora Square Enix, que já está na boca do entretenimento interativo como sinônimo de games de boa qualidade. O game faz jus ao nome, tendo sorte o suficiente para ser o primeiro Itadaki Street a ser lançado no mundo todo. Será que valeu a pena? Você confere o resultado em mais uma Análise Real do Reino do Cogumelo.Assim como o obscuro Undake 30 - Same Game para Super NES, Fortune Street é um jogo do Mario sem ter o nome do Mario. Também conhecido na Europa e na Austrália como Boom Street (quê?), o jogo prometia à mídia um crossover entre as franquias Mario e Dragon Quest — série que também já é burro velho no Japão — que seguiria o mesmo estilo de seus antecessores: um jogo virtual de Banco Imobiliário, ou Monopoly, dependendo de seu ponto de vista. Em suma, quatro jogadores rolam dados e percorrem pelos quadrados de um tabuleiro para comprar lojas, ganhar promoções, acumular bens e o capital necessário para ficar mais rico que seus concorrentes e arruinar suas vidas financeiras.
Roteiro? Fortune Street não precisa dessa extravagância! Reunir seus amigos na sala para jogar Banco Imobiliário é a chave para uma diversão nua e crua e para seu sucesso comercial. É praticamente igual a jogar Monopoly com seus primos quando você era mais jovem. A diferença são os tabuleiros de outro mundo, os cálculos precisos do capital de suas lojas — também conhecidos como o "método que impede que seus primos roubem de você" —, os bônus especiais, as princesas, os encanadores e, é claro... o ornitorrinco.
Cuidando do Investimento
Todos os jogadores começam o game com um capital inicial. Cada loja possui um preço e um rendimento de capital, e todos possuem a opção de adquirir ou não adquirir tais lojas e estabelecimentos. Além dos espaços das lojas, o jogador pode cair em quadrados que envolvem atributos especiais, que vão desde o fechamento de todas as lojas do jogador durante a próxima rodada até os painéis de "sorte" (Venture) que só têm a favorecer o felizardo. Se um jogador cair em uma das lojas de sua própria aquisição, terá a opção de investir seu dinheiro para duplicar seu valor de rendimento — o que fará com que seus colegas infortunados tenham de lhe dar uma quantia maior de dinheiro caso pararem em sua loja.
Os personagens de Fortune Street possuem um sistema de level-up definido no game como "promoção" (Promotion). A base das promoções é a coleta de naipes de cartas (conhecidos no exterior como suits) espalhados por diferentes pontos do tabuleiro. Quando um jogador tiver coletado os quatro naipes — espadas, paus, ouros e copas — e passar em frente ao banco, ganhará uma promoção! Ao ser promovido, o jogador ganhará seu salário e um bônus comercial baseado no número de estabelecimentos que estiverem em sua posse. Obviamente, quem for mais promovido, terá uma chance a mais de deixar seus concorrentes no chinelo.Aqui, você passa a entender o nome do jogo: se você comprar uma loja imediatamente ao lado de outra loja que já for de sua aquisição, seus valores comerciais dobrarão. O sistema, gradativo, é relativo ao número de lojas que você formar numa só "rua". Uma das maiores formas de enriquecer é criar uma rua inteira, equivalente a uma série de quadrados consecutivos, com as suas lojas. Em um ponto mais avançado do game, não é estranho ver ruas completas com estabelecimentos pertencentes a um só personagem e que, pelo valor do combo, podem quebrar as pernas — e esvaziar os bolsos — de quem tiver o infortúnio de pisar nelas. Talvez o jogo devesse se chamar Misfortune Street?
Os Investidores
Não é a primeira vez que as princesas de Mario e Dragon Quest se reúnem em um game. Isso já foi feito em Itadaki Street DS, muito embora o jogo jamais tenha conquistado terreno ocidental. Todos os personagens do Banco Imobiliário maluco para Nintendo DS retornam em Fortune Street com um design ainda mais aprazível. O número ainda aumenta com a adição de Diddy Kong, Bowser Jr., Stella e Patty. Tudo isso sem contar a possibilidade de usar e personalizar Miis para dar seus pulinhos no tabuleiro com uma versão animada de si mesmo. No modo single player, inclusive, os Miis são obrigatórios. Você só ganha acesso aos personagens de Mario e Dragon Quest se estiver em jornada multiplayer. Com isso em mente, não é difícil descobrir a verdadeira intenção dos desenvolvedores: uma jogatina com personagens incríveis e superpoderosos entre amigos e familiares na sala de estar... ou um Mii forever alone.
Fica a pergunta: será que Slimes, macacos e ornitorrincos entendem alguma coisa sobre investimento, capital e promoções? Parece estranho, mas pode apostar que sim. Confira uma síntese de quais personagens jogáveis estão presentes em Fortune Street:
Como pode ver, este é um dos primeiros e únicos games a caracterizar a Princesa Peach como um personagem desbloqueável. Portanto, se você é fã da nossa linda alteza dos cogumelos, terá de ficar atento ao próximo Dica RdC para saber como destravá-la. Quando se joga multiplayer contra a CPU, tome cuidado com quem você escolhe: cada um deles possui um nível de dificuldade definido pelo ranking S, A, B, C e D.Os Tabuleiros
Tão importantes para uma jogabilidade estável, há 18 tabuleiros sobre os quais lançar os dados para percorrer em busca da sorte grande. A princípio, a lista se resume a 12 pranchetas temáticas — 6 do universo do encanador bigodudo e 6 do universo do príncipe loirinho que acha os canos do Mario "repugnantes". Os tabuleiros variam entre Mario Stadium, Starship Mario (provavelmente a primeira homenagem a Super Mario Galaxy 2 em jogos posteriores), Delfino Plaza, entre outros. Somado a estes, estão 6 tabuleiros secretos — 3 para cada franquia —, como Bowser's Castle, Good Egg Galaxy (de Super Mario Galaxy) e o incrível World 1-1, de Super Mario Bros.
Mini-Games
Nem só de rolar dados vivem os jogadores de Fortune Street. Com certeza não é lá um Mario Party, mas a Rua da Fortuna conta com quatro minigames para apimentar a ação principal.
- Round the Blocks: praticamente um caça-níqueis, serve para distribuir vantagens para quem o seleciona — como aumentar de nível, se deslocar para pontos distantes do tabuleiro, ganhar Suit Yourself Cards para completar sua coleção de naipes e causar crises de ódio e frustração em seus colegas enquanto tira sarro de seus rostos tristes e decepcionados.
- Memory Block: o jogador tem a opção de escolher uma entre uma série de caixas diferentes para conseguir vidas, capitais, Suit Yourself Cards ou um cartão do Bowser que diminui o preço percentual de todas as suas lojas. Tinha que atrapalhar, hein, rei dos Koopas?
- Dart of Gold: um jogo de dardos com prêmios imprevisíveis. Divertido mesmo é arremessar dardos na cara dos outros.
- Slurpodome: o que pode ser traduzido como "Slurpódromo" é exatamente o que parece ser: uma corrida! Todos os jogadores devem apostar em um dos bichinhos selecionados e torcer para que ele chegue na linha de chegada antes dos demais. Não há qualquer forma de interagir na corrida; você deve apenas sentar e ficar torcendo pela sorte.
Veredito
Já ouviu dizer que o tempo voa quando estamos nos divertindo? Fortune Street é a essência disso. Quando não se está acostumado com Monopoly, é fácil dizer que Fortune Street possui partidas excessivamente longas — principalmente para um video game. O que é verdade: uma rodada completa do game num só tabuleiro pode durar horas. Asseguramos, no entanto, que há chances desse tempo todo ser muito bem gasto: ao contrário de tudo o que pensaríamos que fosse e de toda a má-fé que dávamos ao jogo devido à seu escasso impacto inicial e apresentação, acabamos caindo num bom método de se divertir com os amigos e parentes.
Também tenho confiança em dizer que a trilha sonora do jogo é simplesmente de outro mundo, e uma das melhores coleções de músicas que eu já tive o prazer de ouvir em um game do Mario; é demasiadamente nostálgica e, ao mesmo tempo, integralmente inovadora. Mesmo parecendo estranho, você pode ter a sorte, ou o azar, de querer jogar Fortune Street de novo.
Bela analise Jardim! Você pode fazer uma de Wario Land 4?
ResponderExcluirNossa só eu to comentando primeiro...
Quando o Wario Land 4 sair no eShop, a gente faz sim, fica tranquilo :D
ResponderExcluirgosto desse jogo a nao ser a parte de nao der para pausar ou salvar o progresso, mas ate que e legal, eu acho.
ResponderExcluirNunca joguei, mas depois desta análise, me interessei! Estava com receio do game, mas quem sabe, né? Veio do Japão até nós, porque não retribuir o favor? Parece ser um ótimo jogo familiar, pena que há poucos mini-games!
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