Amor e Ódio: Super Mario World 2: Yoshi's Island

Você pediu, você esperneou, você xingou muito no Twitter, e agora, prepare-se, pois uma das colunas mais queridas do Reino do Cogumelo está de volta em sua quarta e extraordinária edição! Seguindo nossas análises em torno de Super Mario Land, Super Mario Bros. 2 e Super Mario 64, está na hora de trazer à prova um superclássico em 16-bit, repleto de aventuras, raízes e frustrações: Super Mario World 2: Yoshi's Island. O que amamos e o que odiamos no título mais famoso da série Yoshi no Super NES?


Amor: Baby Mario/Luigi
Uma das coisas mais legais em Super Mario World 2: Yoshi's Island é que ele é fofo! O game nos apresentou às versões "baby" dos nossos encanadores favoritos. Foi quando vimos que a história do Mario pode ser muito mais profunda e imaginativa do que nós imaginávamos na época. Isso, no entanto, causou algumas irregularidades na misteriosa infância do encanador, visto que aprendemos que os Irmãos Mario já tinham suas origens no Reino do Cogumelo desde recém-nascidos (distorcendo um pouco mais a história apresentada no primeiro jogo da série Bros.). Mas não é nada que os grandes olhinhos do Baby Mario não nos façam esquecer...

Ódio: Choro do Baby Mario
Uma das minhas maiores convicções como editor chefe de um site de video games é a de que você sabe do que eu estou falando. Não há ninguém que goste do choro do Baby Mario; é quando aquela coisinha fofa que viria a ser um dos maiores heróis de "todos os mundos" (a definição supermariana do multiverso, como aprendemos em Super Paper Mario) simplesmente abre a boca e testa a nossa paciência de modo extremo. Seu choro por si só já talhou a reputação do Baby Mario como um dos personagens mais irritantes dos video games, segundo a crença de alguns sites. Isso, é claro, é porque ainda não ouviram o choro catarrento do Baby Wario em Yoshi's Island.

Amor: Concretização dos Shy Guys
Como você viu no nosso Amor e Ódio que destaca o jogo Super Mario Bros. 2, um dos pontos fortes da preferência do jogador de Mario em geral são os Shy Guys. Yoshi's Island foi um dos responsáveis por retirar as misteriosas criaturas mascaradas de dentro de Subcon e lhes efetivar como uma raça concreta residente do Mundo do Cogumelo. Mesmo sendo um porre, não há como não admirar os Shy Guys pelo seu modo de viver, suas divisões sociais, seu design e pelo nível de mistério que os ronda.

Ódio: "Super Mario World 2"
O título caiu na mesma estratagema de filmes como Tarzan 2 e Debi & Lóide 2: fazer uma sequência que, na verdade, retrocede na linha temporal dos personagens. Nós adoramos que as origens do Mario tenham sido exploradas e nos sentimos espertos refletindo tais acontecimentos na vida adulta do encanador; porém, desaprovamos o vínculo entre os títulos "Super Mario World" e "Yoshi's Island". Se analisarmos, são dois jogos completamente diferentes, de séries diferentes (Super Mario World sendo da série principal, "Mario", e Super Mario World 2: Yoshi's Island sendo da série parceira "Yoshi"). Eu aceitaria se o título fosse oficialmente resumido ao seu nome mais popular: Yoshi's Island.

Amor: Sistema de Mira
Além de descobrir que o Yoshi pode botar ovos instantâneos, também fomos galardeados com a habilidade de arremessar esses ovos para absolutamente todas as direções num raio de aproximadamente 90º. A mira, que rivaliza (e possivelmente supera) a de jogos como Super Star Wars ou Contra, é impressionante. A pose do Yoshi ao preparar o arremesso também nos arrebate facilmente. Quase tudo no sistema de tiro ao alvo de Yoshi's Island é perfeito...

Ódio: Sistema de Mira... do Lakitu
...Até darem a mira ao Lakitu. Como um dos inimigos mais odiados e desafiantes da série Mario principal (que exclui subséries como Kart, Golf, Party, etc.), o Lakitu já dava enxaquecas aos heróis desde os primórdios do NES com seus Spinies cadentes. Se já era difícil driblar os Ovos de Spiny quando eram jogados de qualquer modo, sem prática, imagine aqui, quando o Lakitu, com a astúcia de um sniper, pode devolver-lhe a pancada na mesma moeda.

Amor: Flutter Jump
Yoshi's Island nos exibe, pela primeira vez em muitas, uma característica / técnica de pulo denominada Flutter Jump. No jogo, o pulo era uma peculiaridade da espécie Yoshi, e permitia que os dinossaurinhos prolongassem o pulo graças a "pedaladas" frequentes em pleno ar. Podemos alcançar lugares remotos e salvar o Baby Mario do perigo iminente. O movimento é tão bacana que retornou em vários jogos posteriores, até Super Mario Galaxy 2.

Ódio: Mufti Guys
Shy Guys são incríveis, mas ninguém disse que não podem ser frustrantes. Mufti Guys são, em suma, Shy Guys que usam flores na cabeça e as usam para se camuflar. Quando pensamos que uma bela florada é um sinal de paz em meio à loucura da Ilha do Yoshi, temos a certeza de que nem nas flores deste lugar podemos confiar...

Amor: Tela de título
Não me diga que você não gosta da tela de título de Yoshi's Island, porque eles fazem parte do melhor que o Super NES tinha a oferecer. Não somente vemos a ilha do Yoshi, como a visualizamos em 3D. A câmera circundante e o logotipo tremeluzido faz com que esta seja uma das mais bem elaboradas telas de título dos video games da era 16-bit.

Ódio: Baseball Boys
Como já foi dito, nem todo Shy Guy é aceitável. É o caso de uma subespécie apresentada no jogo chamada Baseball Boys. Similares aos Bandits, os Baseball Boys operam especificamente equipamentos do esporte em seu título: baseball. Estes oponentes formidáveis também podem ser motivo de frustração massiva, visto que podem usar suas armas contra você mesmo e também carregam um sistema de mira ainda mais preciso do que o dos Lakitus. Seguindo o legado deixado pelos Chargin' Chucks no jogo anterior (embora, na linha cronológica da série Mario, os Baseball Boys tenham surgido muito antes dos Chucks), estes esportistas randômicos exigem três pulos para caírem por terra e vão fazer de tudo para que o seu bebê corra perigo.

Amor: Superstar Mario
Desde bebê, percebemos o potencial daquele que viria a ser um dos maiores heróis de todas as galáxias. Em posse da mesma capa mágica de Super Mario World (ou uma versão muito similar), o Baby Mario já mostrava suas fagulhas heróicas correndo por aí, independente de seu protetor, Yoshi.

Ódio: Solo Toady
Não confunda: Toadies (plural de "Toady") nada têm a ver com os Toads - eles são, de fato, aprendizes de Kamek, e estão sempre dispostos a roubar o Baby Mario sempre que o Yoshi descuida do pequenino. Mesmo sendo bandidos da pior espécie, os Toadies são leais aos segundos que se passam a partir do momento em que o Yoshi perde o bebê, ou seja, eles esperam os segundos acabarem para afanar o Baby Mario. Essa lealdade, porém, não se aplica aos Solo Toadies, que, mesmo sendo raros, aparecem sozinhos de vez em quando e sequestram o bebê na cara dura. Começa a corrida para resgatá-lo das mãos dos Magikoopas estagiários, sob a melodia do tão aterrador choro do Baby Mario...

Amor: Sequência de Abertura
"Há muito, muito tempo... Esta é uma história sobre baby Mario e Yoshi. Uma cegonha se apressa pelo céu escuro, antes do amanhecer. Em sua cesta, ele carrega um par de gêmeos. Repentinamente, uma sombra surge numa fenda dentre as nuvens e corre contra a cegonha em uma velocidade cegante." A história do jogo, contada através de uma caixa de música, traz excelentes efeitos gráficos especiais, tal como uma das músicas mais memoráveis e relaxantes que os ouvidos de um gamer podem escutar.

Ódio: Little Mousers
Mais um grupo de inimigos a entrar para o hall do ódio, os Little Mousers, parentes distantes do Mouser de Super Mario Bros. 2, são capazes não somente de produzir barulhos agudamente irritantes, como também de roubar seus ovos, sair em disparada e refugiar-se em suas tocas. Ladrão! Ladrãozinho!

O Amor e Ódio fica por aqui. Deixem sugestões de qual será o próximo jogo do Mario a ser posto à prova! Continuem agora com as maiores notícias e curiosidades do mundo dos video games aqui, no Reino do Cogumelo.