Quadro novo no Reino do Cogumelo! Como disse Hugo von Hofmannsthal, o amor e o seu reverso, o ódio, constituem o verdadeiro estudo da vida, porque só eles tiram as conseqüências dos outros indivíduos. O objetivo desta coluna é salientar as partes positivas e negativas de cada jogo em particular. O jogo escolhido para a estreia é o superclássico Super Mario Land! Confira!
Amor: Músicas
O jogo pra Game Boy possui as músicas mais viciantes dos video games. Se eu escutar qualquer uma das músicas dos reinos de Super Mario Land, corro o risco de ficar cantarolando ela por dias a fio, mesmo que subconscientemente. Existe uma mágica naquelas canções, e por isso agradecemos Hirokazu "Hip" Tanaka até os dias de hoje por presentear nossos ouvidos com algo tão contagiante.
Ódio: Cancan*
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Super Mario Land não foi feito por Shigeru Miyamoto, e sim, por seu mentor, Gunpei Yokoi, responsável pela transição do Super Mario para a mais nova plataforma portátil da época. Mas, com a troca de produtor, o jogo ficou bastante alterado. Uma das alterações mais desanimadoras foi a troca infiel do tema clássico da Starman de Super Mario Bros. por... Cancan. Pôxa, Hip!
Amor: Fluência do Jogo
Para a maioria dos jogadores de Super Mario Land, é impossível tocar no jogo sem ir longe em sua jornada. O jogo é incrivelmente fluente, e traz um fator de "quero mais" a cada nova fase. Amamos o modo como a aventura se desenrola enquanto prosseguimos. Em outras palavras, você joga Super Mario Land e não quer mais parar.
Ódio: Gravidade
Se você tropeçar num buraco, der um passo em falso numa plataforma, puf! Você cai que nem um bloco de metal. Na lógica, a gravidade traz as coisas para o chão de modo rápido, mas se compararmos com as demais plataformas em 2-D do Mario, e ainda levando em consideração o tamanho diminuto do encanador, especialmente em Super Mario Land, você nota que a gravidade é absurda. Bater com a cabeça num bloco inanimado arremessa Mario de volta pro chão - ou buraco - numa velocidade extrema.
Amor: Superball Mario*
Imagine um mundo onde a Flor de Fogo, bom... não é de fogo, e sim, dá a Mario a habilidade de disparar bolas. Agora imagine que essas bolas podem quicar em todos os obstáculos e limites da fase, ao invés do movimento único da Bola de Fogo, que quicava no chão até sumir. Agora imagine que a superball também pode ser usada pra coletar dezenas de moedas inacessíveis. Agora imagine que é tudo real! De borracha ou de metal, não se sabe, mas as bolas de Super Mario Land arregaçavam as bolas dos inimigos.
Ódio: O Coração 1UP
Odiar um coração? Contraditório! Além do mais, seria loucura odiar um ítem tão precioso na história dos video games. Quem não adora coletar cogumelos verdes caso tudo fique mais difícil mais pra frente? Mas o caso é que, em Super Mario Land, o cogumelo verde não existe. É claro, se levarmos em consideração a paleta de cores em preto, branco e escala de cinza, isso torna impossível que a caracterização do Cogumelo 1-Up fosse viável, mas não acredito na história de que não haveria como distinguir os cogumelos 1-Up dos Super (que aumentam o tamanho do Mario). Uma inversão de cores pra diferenciar os dois seria totalmente possível.
Amor: Ajuda a Enfrentar a Aracnofobia
Sério, os médicos deveriam recomendar Super Mario Land pra quem tem aracnofobia, como eu. A minha é leve, mas muita gente por aí sua frio por causa desses bichos. A certo ponto no jogo (Easton Kingdom), você cai de mala, cuia e maus bofes numa luta contra aranhas gigantes - cujo tamanho se equipara ao do próprio Mario. As caranguejeiras que saltam em sua direção se chamam Kumos, e as que descem numa direção vertical são Suus. Pular numa Suu já é o suficiente pra te dar mais coragem e confiança e lutar contra sua fobia.
Ódio: Daisy
Não, não estou dizendo que odeio a Daisy. Muito pelo contrário, a admiro como um dos personagens da série Mario que possuem grande nível de personalidade e charme. Mas o que não gosto é de pensar na ideia de que Gunpei Yokoi tentou transformar Mario num galã de princesas, e no fim do jogo, ao resgatá-la, um coração surge demonstrando amor e uma possível relação entre os dois. Esse momento, é claro, foi descartado. Mas até hoje me pergunto... por que a Daisy?
Amor: O "XD" do Jardim
Fala sério, um "XD" com barbicha? É a minha cara, gente! É isso que eu chamo de "se identificar com o jogo"!
Ódio: Sarasaland*
Sarasaland é a terra governada pela Princesa Daisy. Sabemos que ela foi dominada por criaturas de Tatanga, e que ela possui quatro reinos internos, baseados no Mundo Real (como a Ilha de Páscoa ou o Triângulo das Bermudas)... mas o problema é, só sabemos isso! Devido ao fato de que Sarasaland nunca mais fez nenhum tipo de aparição nos jogos seguintes, e olha que tiveram muita chance de fazer isso, não consigo suportar a ideia de a terem criado. É como se nunca mais quisessem usar Sarasaland!
Amor: Marine Pop
Muita gente reclama pra caramba das fases aquáticas do Mario. Em fóruns, comunidades, em uma reunião entre amigos, ninguém quer passar por aquela fase frustrante. Então, o que todas essas pessoas têm a dizer sobre, ao cair na água, Mario estar equipado num - todo mundo cantarolando Beatles agora - submarino amarelo, que atira projéteis nos inimigos? O Marine Pop de Mario, assim como o Sky Pop, é um meio de transporte muito louco e que deixa tudo incrivelmente mais fácil para os jogadores ranzinzas.
Ódio: Oh! Daisy
Falando em frustração, se você é jogador das antigas, lembra-se de quantas vezes você se matou (literalmente) pelas fases de Super Mario Bros. somente pra receber a mensagem "Obrigado Mario, mas a princesa está em outro castelo"? Pois é, esse conceito cansativo retorna em Super Mario Land, mas dessa vez, ainda mais cruel e confuso: ao derrotar um chefão, você sempre vê a princesa. Mas em seguida, você deve torcer pra que ela não se transforme num monstro e saia pulando...
Amor: Título de Lançamento
Assim como Super Mario World foi pra Super NES, e Super Mario Bros. foi pra NES, entre outros, Super Mario Land foi lançado junto com o console - o Game Boy. Ambos, jogo e sistema, foram lançados no mesmo dia. Esses títulos são chamados de launch titles*, ou títulos de lançamento. Antigamente, você comprava um sistema da Nintendo e ganhava um jogo oficial do Mario, que te trazia uma diversão imensa por horas e dias a fio. Hoje em dia, você teve de esperar dois anos após o lançamento do Wii pra finalmente colocar as mãos em Super Mario Galaxy.
Ódio: A Farsa de Tatanga
Ao dar uma olhada no panfleto oficial de Super Mario Land, você descobre que o alienígena Tatanga, o chefão do jogo, se apoderou dos cidadãos por hipnose interestelar, dominou as terras e sequestrou Daisy no propósito de se casar com ela. Mas, em Super Mario Land 2: Six Golden Coins, a sequência, você descobre que Tatanga tinha um tipo de contrato com Wario, que pediu que o alienígena distraísse o encanador causando tumulto em uma terra vizinha enquanto, ganancioso, se apoderava do castelo de Mario (dando início aos eventos de Six Golden Coins). Em outras palavras, Tatanga era um pau-mandado inútil.
Espero que tenha gostado! Comentários sobre o novo quadro serão bem-vindos, e essenciais para as próximas edições. Oh Daisy!
Amor: Músicas
O jogo pra Game Boy possui as músicas mais viciantes dos video games. Se eu escutar qualquer uma das músicas dos reinos de Super Mario Land, corro o risco de ficar cantarolando ela por dias a fio, mesmo que subconscientemente. Existe uma mágica naquelas canções, e por isso agradecemos Hirokazu "Hip" Tanaka até os dias de hoje por presentear nossos ouvidos com algo tão contagiante.
Ódio: Cancan*
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Super Mario Land não foi feito por Shigeru Miyamoto, e sim, por seu mentor, Gunpei Yokoi, responsável pela transição do Super Mario para a mais nova plataforma portátil da época. Mas, com a troca de produtor, o jogo ficou bastante alterado. Uma das alterações mais desanimadoras foi a troca infiel do tema clássico da Starman de Super Mario Bros. por... Cancan. Pôxa, Hip!
Amor: Fluência do Jogo
Para a maioria dos jogadores de Super Mario Land, é impossível tocar no jogo sem ir longe em sua jornada. O jogo é incrivelmente fluente, e traz um fator de "quero mais" a cada nova fase. Amamos o modo como a aventura se desenrola enquanto prosseguimos. Em outras palavras, você joga Super Mario Land e não quer mais parar.
Ódio: Gravidade
Se você tropeçar num buraco, der um passo em falso numa plataforma, puf! Você cai que nem um bloco de metal. Na lógica, a gravidade traz as coisas para o chão de modo rápido, mas se compararmos com as demais plataformas em 2-D do Mario, e ainda levando em consideração o tamanho diminuto do encanador, especialmente em Super Mario Land, você nota que a gravidade é absurda. Bater com a cabeça num bloco inanimado arremessa Mario de volta pro chão - ou buraco - numa velocidade extrema.
Amor: Superball Mario*
Imagine um mundo onde a Flor de Fogo, bom... não é de fogo, e sim, dá a Mario a habilidade de disparar bolas. Agora imagine que essas bolas podem quicar em todos os obstáculos e limites da fase, ao invés do movimento único da Bola de Fogo, que quicava no chão até sumir. Agora imagine que a superball também pode ser usada pra coletar dezenas de moedas inacessíveis. Agora imagine que é tudo real! De borracha ou de metal, não se sabe, mas as bolas de Super Mario Land arregaçavam as bolas dos inimigos.
Ódio: O Coração 1UP
Odiar um coração? Contraditório! Além do mais, seria loucura odiar um ítem tão precioso na história dos video games. Quem não adora coletar cogumelos verdes caso tudo fique mais difícil mais pra frente? Mas o caso é que, em Super Mario Land, o cogumelo verde não existe. É claro, se levarmos em consideração a paleta de cores em preto, branco e escala de cinza, isso torna impossível que a caracterização do Cogumelo 1-Up fosse viável, mas não acredito na história de que não haveria como distinguir os cogumelos 1-Up dos Super (que aumentam o tamanho do Mario). Uma inversão de cores pra diferenciar os dois seria totalmente possível.
Amor: Ajuda a Enfrentar a Aracnofobia
Sério, os médicos deveriam recomendar Super Mario Land pra quem tem aracnofobia, como eu. A minha é leve, mas muita gente por aí sua frio por causa desses bichos. A certo ponto no jogo (Easton Kingdom), você cai de mala, cuia e maus bofes numa luta contra aranhas gigantes - cujo tamanho se equipara ao do próprio Mario. As caranguejeiras que saltam em sua direção se chamam Kumos, e as que descem numa direção vertical são Suus. Pular numa Suu já é o suficiente pra te dar mais coragem e confiança e lutar contra sua fobia.
Ódio: Daisy
Não, não estou dizendo que odeio a Daisy. Muito pelo contrário, a admiro como um dos personagens da série Mario que possuem grande nível de personalidade e charme. Mas o que não gosto é de pensar na ideia de que Gunpei Yokoi tentou transformar Mario num galã de princesas, e no fim do jogo, ao resgatá-la, um coração surge demonstrando amor e uma possível relação entre os dois. Esse momento, é claro, foi descartado. Mas até hoje me pergunto... por que a Daisy?
Amor: O "XD" do Jardim
Fala sério, um "XD" com barbicha? É a minha cara, gente! É isso que eu chamo de "se identificar com o jogo"!
Ódio: Sarasaland*
Sarasaland é a terra governada pela Princesa Daisy. Sabemos que ela foi dominada por criaturas de Tatanga, e que ela possui quatro reinos internos, baseados no Mundo Real (como a Ilha de Páscoa ou o Triângulo das Bermudas)... mas o problema é, só sabemos isso! Devido ao fato de que Sarasaland nunca mais fez nenhum tipo de aparição nos jogos seguintes, e olha que tiveram muita chance de fazer isso, não consigo suportar a ideia de a terem criado. É como se nunca mais quisessem usar Sarasaland!
Amor: Marine Pop
Muita gente reclama pra caramba das fases aquáticas do Mario. Em fóruns, comunidades, em uma reunião entre amigos, ninguém quer passar por aquela fase frustrante. Então, o que todas essas pessoas têm a dizer sobre, ao cair na água, Mario estar equipado num - todo mundo cantarolando Beatles agora - submarino amarelo, que atira projéteis nos inimigos? O Marine Pop de Mario, assim como o Sky Pop, é um meio de transporte muito louco e que deixa tudo incrivelmente mais fácil para os jogadores ranzinzas.
Ódio: Oh! Daisy
Falando em frustração, se você é jogador das antigas, lembra-se de quantas vezes você se matou (literalmente) pelas fases de Super Mario Bros. somente pra receber a mensagem "Obrigado Mario, mas a princesa está em outro castelo"? Pois é, esse conceito cansativo retorna em Super Mario Land, mas dessa vez, ainda mais cruel e confuso: ao derrotar um chefão, você sempre vê a princesa. Mas em seguida, você deve torcer pra que ela não se transforme num monstro e saia pulando...
Amor: Título de Lançamento
Assim como Super Mario World foi pra Super NES, e Super Mario Bros. foi pra NES, entre outros, Super Mario Land foi lançado junto com o console - o Game Boy. Ambos, jogo e sistema, foram lançados no mesmo dia. Esses títulos são chamados de launch titles*, ou títulos de lançamento. Antigamente, você comprava um sistema da Nintendo e ganhava um jogo oficial do Mario, que te trazia uma diversão imensa por horas e dias a fio. Hoje em dia, você teve de esperar dois anos após o lançamento do Wii pra finalmente colocar as mãos em Super Mario Galaxy.
Ódio: A Farsa de Tatanga
Ao dar uma olhada no panfleto oficial de Super Mario Land, você descobre que o alienígena Tatanga, o chefão do jogo, se apoderou dos cidadãos por hipnose interestelar, dominou as terras e sequestrou Daisy no propósito de se casar com ela. Mas, em Super Mario Land 2: Six Golden Coins, a sequência, você descobre que Tatanga tinha um tipo de contrato com Wario, que pediu que o alienígena distraísse o encanador causando tumulto em uma terra vizinha enquanto, ganancioso, se apoderava do castelo de Mario (dando início aos eventos de Six Golden Coins). Em outras palavras, Tatanga era um pau-mandado inútil.
Espero que tenha gostado! Comentários sobre o novo quadro serão bem-vindos, e essenciais para as próximas edições. Oh Daisy!
Mario poderia ser um James Bond ou Indiana jones paquerando uma princesa em cada série.
ResponderExcluir/\
ResponderExcluir||
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Seria legal XD
Muito bem feita a matéria, cara. Como todas as outras. :}
ResponderExcluirParabs.
realmente, mario pegador de princesas nao da certo.. :P
ResponderExcluirRealmente algumas coisas que mudaram ficaram meio estranhas, como o caso do coração. Embora eu tenha gostado do jogo, tem bastante gente que conheço que não gostou. =S
ResponderExcluirEu amo esse jogo! Coleciono GameBoy e tenho ele completo! Um dos melhores jogos do Mario. Parabéns, muito legal a matéria! Espero uma sobre 6 Golden Coins tb!
ResponderExcluirAdorei esse quadro "amor e ódio", muito criativo e divertido pessoal!
ResponderExcluirAMOR E ÓDIO SUPER MARIO GALAXY OU SUPER MÁRIO WORLD 2
ResponderExcluirNa parte: ''A Farsa de Tatanga'', estava correto, pois primeiro sequestra uma princesa, e depois, ajuda Wario a roubar o castelo de Mario sendo chefe da 2ª zona(Space Zone)? Ele é mesmo um pau-mandado inútil.
ResponderExcluirSempra achei SML parecido com SMB1, gosto muito das musicas. Sarasaland só apareceu nesse jogo, e no final Mario e Daisy eram apaixonados um pelo outro e fogem num aviao. Será que ela mudou de ideia depois que conheceu o Luigi?
ResponderExcluirOBS: Repararam que Peach (SMB1) e Daisy (SML) tem o mesmo tamanho e sao mais baixas que Mario?
Sei que isso é muito velho, e que talvez ninguém irá ler isso, mas...
ResponderExcluirÓdio pela música da estrela? A classica é bem melhor, porém essa do SML é muito boa também.
@Hardcore-Player
ResponderExcluirO problema é ser Can-Can. Onde estava escondido Koji Kondo e suas composições originais? Estamos falando do Galope Infernal de Orpheus in the Underworld, de 1858. Uma falta de originalidade secular.